quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eleições - e o depois?

O processo eleitoral não acaba com as eleições. Os políticos devem realizar com responsabilidade o trabalho para o qual foram designados pelo povo. Mas será que esta trajetória é acompanhada pelos cidadãos?

Acompanhe o relato de algumas pessoas em vídeo:


Angelo Ubirajara - eleitor em Porto Alegre/RS






Taís Seibt - eleitora em Gramado/RS






Ricardo Machado - eleitor em Sapuacia do Sul/RS




quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A promessa que não vem dos políticos

Fernando é cobrador de ônibus da Companhia Carris, de Porto Alegre, e mesário voluntário há 10 anos. Reclama que o Tribunal Regional Eleitoral garante que as pessoas que trabalharem nas eleições ganham, em contrapartida, dois dias de folga no emprego. A reclamação de Fernando é sobre a própria Carris que, segundo ele, não cumpre a determinação. "Peço o dia livre e eles dizem que não pode. Acontece que nunca pode e não é a primeira vez que a resposta é que a folga será dada em outro dia, que nunca chega", alega. Fernando diz ainda que vai deixar de ser mesário voluntário porque ao ligar para o TRE não consegue uma resposta efetiva que garanta sua folga.  "Eles não dão respaldo", afirma o cobrador de ônibus.


O blog Jornalismo Eleitoral Gratuito entrou em contato com a assessoria do Tribunal.  Segundo o TRE, empresas são obrigadas a conceder folgas, mediante acordo com o funcionário. Portanto, é preciso que haja acerto para que não haja prejuízo nem para a empresa nem para o empregado. Segundo a legislação eleitoral, cada dia trabalhado nas eleições dá direito ao dobro de folgas. Ou seja, se foram três dias de trabalho, a obrigatoriedade é por 6 dias de folga.

saiba mais

-Quem pode ser mesário?
Todo eleitor, maior de 18 anos, em situação regular perante a Justiça Eleitoral.
Vantagens de ser mesário:

2 dias de folga para cada dia trabalhado como mesário;
Vale-alimentação no(s) dia(s) de eleição;
Convívio social proporcionado pela atividade.


-O Brasil teve, nas eleições 2010, 1.660.796 mesários espalhados nas 400.303 seções de votação.

-Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras de Votos, de Justificativas, as Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar os seus trabalhos, inclusive aqueles destinados a treinamento, preparação ou montagem de locais de votação, serão dispensados do serviço e terão direito à concessão de folga, mediante declaração expedida pelo Juiz Eleitoral ou pelo Tribunal Regional Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação. O benefício do gozo em dobro pelos dias trabalhados deve ser observado por qualquer instituição pública ou privada. 
(fontes: TRE-RS e TSE) 

Tudo acaba em pizza?

Quando se fala em Política, um dos assuntos que as pessoas rapidamente relacionam é a corrupção. O sentido de se fazer política, com os contantes escândalos dos últimos anos vindo à tona, parece ter se perdido no caminho. Pior do que isso, é saber que a corrupção está também em outros setores importantes e que pareciam estar alheios a estes problemas, ou que deveriam desconhecer casos de corrupção. O filme Tropa de Elite, por exemplo, denuncia a corrupção na Polícia. O esporte também não é mais exceção.
No dia 31 de agosto deste ano, o site do Senado publicou pesquisa realizada pelo DataSenado, que apontou que 86% dos eleitores consideram a corrupção inaceitável. Foram entrevistados 1.315 cidadãos maiores de 16 anos, em 119 municípios, de todas as regiões brasileiras, incluindo todas as capitais.


Para refrescar a memória do eleitor que prefere não votar nos "ficha suja", foi criado o site Museu da Corrupção. Uma boa dica para quem quer estar atento aos candidatos e não deixar os escândalos caírem no esquecimento.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Publicações eleitorais

“Jornalismo Eleitoral Gratuito” fez uma busca 56ª Feira do Livro de Porto Alegre e não encontrou obras literárias ou pesquisas que tratem especificamente do tema eleições.

No entanto, nos espaços do Senado Federal e da Assembleia Legislativa Gaúcha, conferimos duas publicações de distribuição gratuita que podem fazer parte da vida dos cidadãos, nos auxiliando a entender melhor a política nacional e a fiscalizar o trabalho dos eleitos.   

Para quem vai votar no futuro
No livrinho infantil “Eu adoro um passeio”, o personagem “Menino Maluquinho” conta para as crianças como funcionam o Congresso e Câmara dos Deputados em Brasília e as funções dos políticos. Também explica o que é democracia e como ocorre o processo eleitoral no Brasil. Com criação de Ziraldo, a publicação é de responsabilidade das Secretarias de Comunicação Social e Relações Públicas do Senado Federal.

Veja o vídeo:



Para fiscalizar
O livro do Balanço Anual 2009 da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi distribuído na banca que representava a casa na Praça da Alfândega. Trata-se de um resumo com as principais ações que os deputados realizaram no ano que passou. Lista muitas das propostas colocadas em debate, matérias aprovadas, novas leis e o trabalho das comissões permanentes e temporárias. Além disso, apresenta um balanço da CPI da Corrupção e as melhorias em infraestrutura aplicadas na sede da própria Assembleia. Essa é uma das formas que o eleitor tem para acompanhar o que políticos eleitos fazem, avaliar desempenhos e cumprimento de promessas.    

Veja o vídeo:

Cobertura eleitoral para iniciantes

Depois de ouvir um pouco da longa trajetória profissional de Ricardo Kotscho, ainda na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, o blog “Jornalismo Eleitoral Gratuito” encontrou com o jovem jornalista Bruno Alencastro.  Ele participou este ano, trabalhando na Capital, de sua primeira experiência com cobertura eleitoral e nos conta as suas impressões.

Confira no vídeo.



Jornalistas avaliam a cobertura eleitoral

O experiente jornalista Ricardo Kotscho passou pela 56ª Feira do Livro de Porto Alegre no sábado, dia 13 de novembro. Ele participou de um bate-papo sobre o lançamento do livro “Lugar de repórter ainda é na rua _ O Jornalismo de Ricardo Kotscho”, juntamente com os autores da obra, José Roberto de Ponte e Mauro Junior. Além de muitas histórias sobre a carreira de Kotscho e os desafios de produzir as grandes reportagens, a conversa, mediada pelo repórter de Zero Hora Carlos Wagner, também abordou a cobertura das eleições pela mídia brasileira.
Ricardo Kotscho (com microfone, à esquerda)
Crédito da foto: Ana Cristina Basei

Os debatedores não citaram exemplos, mas avaliaram que, em geral, os veículos de imprensa apresentaram um trabalho ruim: pouca preocupação em apurar com minúcia os fatos e discussões acerca de assuntos menos importantes do que os planos de governo. “A democracia evoluiu e se consolidou, mas a imprensa não acompanha, parece que vimos uma cobertura de 1930”, resumiu o mediador Wagner. Kotscho concordou e complementou: “Há um novo Brasil e nós estamos escrevendo matérias como se o País não tivesse mudado”, afirmou.


Da esquerda para a direita:
Kotscho, José Roberto Ponte, Carlos Wagner e Mauro Junior.
Crédito da foto: Ana Cristina Basei

Para ele, é possível que um veículo estabeleça sua posição durante o pleito, como fez o jornal O Estado de São Paulo, – em editorial esclareceu que apoiava o candidato José Serra – algo incomum em nosso País. Mas salientou, que, mesmo assim, continua o compromisso com a grande responsabilidade que o jornalismo exige. “O que é notícia é notícia e precisa ser publicado. Não se pode brigar com os fatos”, alertou. Kotscho comentou sobre a sua amizade com Lula e justificou que esse lado de sua vida pessoal não o impediu de exercer o bom jornalismo, ouvindo as fontes que deveria quando produziu matérias políticas.          



Crédito da foto:
Bruno Alencastro
(assessoria de imprensa Feira do Livro)

Currículo
Profissional multimídia, Kotscho tem 62 anos e já passou por jornal, revista e TV nas principais empresas jornalísticas do País. Exerceu o cargo de Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República no governo Luiz Inácio Lula da Silva, no período 2003-2004. Há cinco anos tem um blog do portal IG e também escreve para a Revista Brasileiros.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A mensagem das freiras


Para quem vai o voto das freiras? Essa foi a pergunta que a reportagem do blog "Jornalismo Eleitoral Gratuito" fez para duas irmãs, logo após o momento em que elas registraram seu voto nesse domingo, dia 31 de outubro.

- "O voto é secreto", disse sorridente a irmã Virgínia (Esq. foto)

A resposta bem humorada fez aumentar a curiosidade de qual seria o critério adotado pelas freiras na escolha de seu candidato. Algumas situações, por exemplo, que pautaram as discussões entre Dilma Rousseff, candidata do PT, e José Serra, candidato do PSDB, foram temáticas como aborto e, consequentemente, a religião. Para a irmã Maria (Dir. foto), a decisão do voto precisa considerar fatores que avancem questões pontuais.

- Temos nossas convicções e respeitamos nossos valores. Isso pode até pesar, mas não é o principal. O mais importante está em perceber o quanto o candidato está preparado para comandar o Brasil, argumentou.

Antes que as freiras deixassem o local de votação, a Escola La Salle Pão dos Pobres, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, pedimos uma mensagem, caso Dilma Rousseff fosse eleita, e outra, caso a vitória fosse de José Serra. Esclarecemos a elas que só seria publicada no blog a que fizesse referência ao candidato vitorioso.

- Será um avanço para a democracia brasileira termos uma mulher comandando o país pela primeira vez na história, comentou a irmã Virgínia que, enquanto falava, observava Maria fazer que sim com a cabeça.

A mensagem que deixaram para Serra não será reproduzida. No entanto, pela resposta das irmãs parece que elas acertaram o vencedor da eleição.